Um Clube Imortal!

Guto e Rossana,
Lancei recentemente o livro "Coração Americano" que é o registro da produção do álbum Clube da Esquina (Milton Nascimento e Lô Borges, 1972).
Gostaria de contar com o apoio de vocês para a divulgação no Dois do Brasil.
Obrigada,
Andréa Estanislau

Andréa,
Temos muito prazer em recebê-la. Parabéns pelo trabalho e pelo justo registro de um momento fundamental na Música Brasileira, que a todos nós influenciou. Abraço e Volte sempre!
Guto e Rossana





Depois de classificar três canções no 2º Festival Internacional da Canção (entre elas, “Travessia”), e depois de uma breve passagem por São Paulo, Milton Nascimento retornaria à sua cidade natal, o Rio de Janeiro, após uma vida inteira em Três Pontas e uma carreira meteórica de crooner, em Belo Horizonte. Mesmo estabelecido no Rio, nunca perderia o contato com a cena cultural da capital mineira e, para isso, teria sempre como guias os talentosos irmãos Borges, primeiro Márcio e depois Salomão, o “”. Como uma forma de reconhecimento, gravaria, por exemplo, “Para Lennon e McCartney” e “Clube da Esquina” (as duas com letra de Márcio e música de Lô), no disco Milton, de 1970. Mas Milton Nascimento enxergava, em Lô, mais que um adolescente que recém completara o segundo grau e, naquele início dos anos 70, resolveu convidá-lo para um álbum duplo, em que cada um comporia metade da obra. Era a centelha do Clube da Esquina (1972). Como “banda base”, Milton convocaria o Som Imaginário, de Wagner Tiso, Tavito, Luíz Alves e Robertinho Silva; e, como exigência de Lô Borges, embarcaria também seu amigo, na mesma idade pré-vestibular, Beto Guedes. O apartamento de Milton no Rio, com sua agitação, atrapalharia o acesso às musas, logo, o núcleo de compositores decidiria buscar inspiração em Mar Azul, Niterói/RJ, onde comparecia ainda Ronaldo Bastos (que ficaria também encarregado da produção do disco) e para onde despachariam remotamente letras Fernando Brant e, claro, Márcio Borges. Depois de um ano na praia, os músicos seguiram, enfim, para os estúdios da Odeon, novamente no Rio, com o amparo dos guitarristas Toninho Horta e Nelson Ângelo e do técnico de gravação Nivaldo Duarte. Os arranjos de base ficariam a cargo de Wagner Tiso e os de orquestra, nas mãos de Eumir Deodato. Ah, fora a regência, em alguns momentos, de Paulo Moura, e a participação, em uma única faixa, de Alaíde Costa. Dessa coletividade, no mínimo, exuberante (e da qual é possível esquecer sempre algum nome), nasceria Clube da Esquina – Documento Secreto nº 5 (cujo subtítulo o artista gráfico Cafi cortaria fora da capa), um dos discos mais importantes da música popular brasileira, segundo gente como Tom Jobim, Edu Lobo e Caetano Veloso... Essa e outras histórias, de uma realização sem par, quem nos conta é Rodrigo James, na cronologia do livro comemorativo organizado por Andréa Estanislau, depois de mais de 30 anos do encontro, nas “esquinas da vida”, entre Milton, Lô e todos os outros.(do Digestivo)
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