O silêncio dos resignados



por Paulo Vilmar * no Amálgama
>>>naquele sábado Elaine aceitou meu convite e isso significava uma noite bem mais confortante do que quando ia somente a genérica “turma”. É claro que iríamos com a “turma”, mas ao mesmo tempo iríamos junto, se é que você me entende!

Voltei para casa mais cedo e fiquei horas no meu quarto ouvindo Led Zepelim e pensando na Elaine! Elaine era atleta no colégio, saltava em distância e corria cem metros, tinha umas pernas lindas, alguns achavam musculosas, coisa não muito comum, mas eu era fissurado naquelas coxas duras e torneadas. Às vinte e três horas tocaram a campainha de minhas casa e eu desci, todo perfumado e vestindo uma bela calça “boca de sino”. A turma me esperava e, antes de chegar ao portão, ainda ouvi minha mãe dizer para não voltar muito tarde e não beber muito (exatamente as duas coisas que eu não iria respeitar de forma alguma). Depois de algum tempo caminhando, peguei a mão da Elaine e fomos quietos, com as mãos suadas, até a “Boite Las Vegas”. Na entrada já pedi um Gin Fizz, bebida que eu nem gostava muito, mas que ficava com uma cor linda na luz negra do interior da Boite.

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* Paulo Vilmar é advogado e mora em Santa Maria-RS. Blog: http://caldodetipos.blogspot.com/

Comentário sobreLembranças revisitadas, texto de Paulo Vilmar*, no Amálgama

PorGuto Maia /// 25–08–2008 9:09 am

Quantos, por todos os motivos e cantos do mundo, não tiveram, não têm, jamais terão, essa generosidade/capacidade/necessidade de usar de forma tão competente essa ferramenta/arma de fazer justiça à própria consciência histórica: um texto sincero e bem escrito? Esse, lhes dá voz.

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