O silêncio dos resignados
por Paulo Vilmar * no Amálgama >>>naquele sábado Elaine aceitou meu convite e isso significava uma noite bem mais confortante do que quando ia somente a genérica “turma”. É claro que iríamos com a “turma”, mas ao mesmo tempo iríamos junto, se é que você me entende! Voltei para casa mais cedo e fiquei horas no meu quarto ouvindo Led Zepelim e pensando na Elaine! Elaine era atleta no colégio, saltava em distância e corria cem metros, tinha umas pernas lindas, alguns achavam musculosas, coisa não muito comum, mas eu era fissurado naquelas coxas duras e torneadas. Às vinte e três horas tocaram a campainha de minhas casa e eu desci, todo perfumado e vestindo uma bela calça “boca de sino”. A turma me esperava e, antes de chegar ao portão, ainda ouvi minha mãe dizer para não voltar muito tarde e não beber muito (exatamente as duas coisas que eu não iria respeitar de forma alguma). Depois de algum tempo caminhando, peguei a mão da Elaine e fomos quietos, com as mãos suadas, até a...