Afinal, qual é o lugar da autoria na rede?

Por Fábio Oliveira Nunes*
>>>No fundo, antes da rede, nunca se vendeu simplesmente poemas: sempre se venderam livros, mercadorias fisicamente tangíveis. Mesmo na questão de direitos de autor, o que se protegia era o livro e não as idéias, os conceitos ali presentes: estes sempre foram universais e gratuitos. Mas, com a digitalização, perdemos os continentes e ficaram apenas os conteúdos: não precisamos como antes do livro, da fita, do CD ou do DVD, já estão todos trafegando como dados que vão ricocheteando pelos cafundós do planeta (mesmo que se materializem eventualmente em algum nó por aí). O que temos são dados que querem ser lidos, querem se reproduzir e como seres vivos em busca de oxigênio – contornam-se das ameaças ao seu livre trânsito e emergem. Os dados são como as idéias. Mas pouquíssimas pessoas ainda entenderam isso.>>>
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publicado no Cronópios 28/8/2008 23:42:00

*Fábio Oliveira Nunes(ou Fabio FON) É doutor em artes na ECA-USP, pesquisando sobre a arte em novos meios. É também mestre em multimeios na UNICAMP e bacharel em artes plásticas na UNESP.Atua como artista multimídia e webdesigner. É autor de Web Arte no Brasil (http://www.fabiofon.com/webartenobrasil) e co-organizador do site Artéria (http://www.arteria8.net).Site pessoal: http://www.fabiofon.com .

E-mail: fabiofon@hotmail.com .

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