...o mundo é dos poetas!...
Não me pertences, porque não te pertenço, porque não pertenço a mim próprio...
Sou, do mundo, um pedaço que ninguém arrancou...
Nem arrancará. o mundo sim, me pertence: sei que o ajudo a girar, e ele me embala...
Dele tirei o que sei, pra ele devolvo o que aprendi, sei e faço...
Não é muito, quase nada, mas existe. e, em existindo, há.
E, assim, sobrevivo...
Você pode não me interessar, mas o que você faz, o que você sabe, eu posso apreender...
Então você me ensina por existir. eu não te peço nada. não te dou nada. o melhor de mim está escondido no meu coração e na mente, o que foi exposto foi descartado, não me pertence mais, não importa mais, qualquer um pode usar...não há apego...não espero retorno...
Se cada lágrima derramada no mundo, se cada injustiça praticada, se cada grito calado, cada perda, se cada saudade virasse um verso, seríamos um mundo de poetas, não morreríamos tão prematuramente, seríamos mansos e não ambicionaríamos, a não ser criar mais versos...e não precisaríamos de terapeutas...e aí sim, talvez perdêssemos o prumo e o rumo e o mundo ficaria à deriva, porque ninguém menos indicado para administrar vidas (a sua, inclusive!)do que poetas... começariam, então, desavenças...e, aí, apareceriam os organizadores, os ambiciosos, os guerreiros, os vaidosos, salvadores da pátria, os dominadores, os poderosos, criar-se-ião regras, normas e leis e o mundo de novo se dividiria em poetas e não-poetas e tudo voltaria ao equilíbrio...
guto maia
www.doisdobrasil.com
Sou, do mundo, um pedaço que ninguém arrancou...
Nem arrancará. o mundo sim, me pertence: sei que o ajudo a girar, e ele me embala...
Dele tirei o que sei, pra ele devolvo o que aprendi, sei e faço...
Não é muito, quase nada, mas existe. e, em existindo, há.
E, assim, sobrevivo...
Você pode não me interessar, mas o que você faz, o que você sabe, eu posso apreender...
Então você me ensina por existir. eu não te peço nada. não te dou nada. o melhor de mim está escondido no meu coração e na mente, o que foi exposto foi descartado, não me pertence mais, não importa mais, qualquer um pode usar...não há apego...não espero retorno...
Se cada lágrima derramada no mundo, se cada injustiça praticada, se cada grito calado, cada perda, se cada saudade virasse um verso, seríamos um mundo de poetas, não morreríamos tão prematuramente, seríamos mansos e não ambicionaríamos, a não ser criar mais versos...e não precisaríamos de terapeutas...e aí sim, talvez perdêssemos o prumo e o rumo e o mundo ficaria à deriva, porque ninguém menos indicado para administrar vidas (a sua, inclusive!)do que poetas... começariam, então, desavenças...e, aí, apareceriam os organizadores, os ambiciosos, os guerreiros, os vaidosos, salvadores da pátria, os dominadores, os poderosos, criar-se-ião regras, normas e leis e o mundo de novo se dividiria em poetas e não-poetas e tudo voltaria ao equilíbrio...
guto maia
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